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ENSINO E PESQUISA: O PRINCIPIO FORMATIVO DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM HISTÓRIA

Abordagens da história da África no currículo referência da rede estadual de educação de Goiás

MAMA ÁFRICA: reconhecimento e valorização da influência africana na cultura brasileira

PROJETO INTERDISCIPLINAR MAMA ÁFRICA

https://drive.google.com/file/d/0B3X712exWGleUHJHc09STFNySU0/view?usp=sharing

Ditadura Militar

sábado, 23 de novembro de 2013

PROJETO DO MINICURSO - 9º ANO







UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE JUSSARA
CURSO DE HISTÓRIA



Aparecida Maria Ferreira Cândido
Jeniffer Amaral de Oliveira


PROJETO DO MINICURSO


Turma: 9º ano ensino fundamental
Duração: 3 aulas de 50 min.
Ano de realização: 1º bimestre do ano letivo de 2013

Eixo Temático: Brasil contemporâneo
Tema: ERA VARGAS

Justificativa:

         Este é um trabalho executado pelos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência), que visa à necessidade de proporcionar o contato do aluno com o vestígio histórico. Trabalhar a “Era Vargas” tem tamanha importância quanto trabalhar a República Velha, pois é através da Era Vargas que se pode obter os conhecimentos necessário tanto sobre o governo de Vargas quanto aos acontecimentos da época como a depleção de 1929-1933. Tendo em mente que estes conhecimentos será de suma importância já que são muito requisitados em provas de vestibulares e do Enem.

Conteúdos:

v  As eleições e o movimento de 1930.
v  Era Vargas.
v  Governo provisório.
v  Oposição paulista.
v  Governo Constitucional de Vargas.
v  Os integralistas.
v  Os Aliancistas.
v  O Levante Comunista.
v  O Estado Novo.
v  Violência e propaganda.
v  Economia: Indústria e Agricultura.
v  Populismo.




Problematização:

      Apresentar para os alunos a musica “doutor Getulio” do autor Chico Buarque e cantora Simone, com o interesse de levantar algumas questões sobre o a Era Vargas.
 ü  Quem foi Getúlio Vargas?
ü  Como ele atingiu o poder?
ü  Por quantos anos ele foi presidente?
ü  Como foi sua queda?


Objetivos:

ü    Analisar e identificar os agentes que favoreceram a ascensão de Getulio Vargas ao poder.
ü  Compreender as transformações políticas e socioeconômicas do período Vargas.
ü  Discutir os conceitos: revolução, populismo e ditadura.

Conceitos:


ü  Tempo e Memória
ü  Revolução, populismo e ditadura

Metodologia de desenvolvimento:

Dividiremos em três etapas:

1ª etapa:
Após o levantamento prévio do conhecimento dos alunos sobre o tema “Era Vargas”, e o conhecimento sobe políticas, introduziremosa discussão sobre o tema, depois abriremos espaço para a exposição de idéias dos alunos sobre o tema, em seguida nós discutiremos como foi o início da Era Vargas e como aconteceu a ascensão de Vargas no poder.
Tempo: 1 aula.

2ª etapa:
Retornaremos o debate, relembrando alguns tópicos da aula anterior e discutindo alguns aspectos da revolução de 30, suas conseqüências e contribuições para a população através das mudanças ocorridas neste período, outra vez trazendo a participação dos alunos sobre esses tópicos, e procurar desenvolver o dialogo sobre o processo na política e o quão foi a resposta da população com essas mudanças.
Tempo: 1 aula.

3ª etapa:
Num terceiro momento finalizaremos as discussões sobre a Era Vargas, questionando aos alunos sobre o que foi discutido em sala e se isso mudou sua forma de ver a política e se os debates ocorridos em sala de aula contribuíram para ampliar os conhecimentos dos fatos ocorridos nesse período.Aplicaremos um exercício, a análise de uma musica, caso ocorra de não dar tempo de aplicar essa tarefa em sala, ficara como tarefa de casa.
Tempo:1 aula

Avaliação:

Solicitaremos para os alunos analisarem uma musica sobre governo de Vargas estabelecendo uma comparação com o conteúdo trabalhado em sala. Logo após,responder algumas questões relacionadas a esta. Sendo que o principal interesse desta atividade é despertar o senso critico do aluno.

Cronograma de execução:

O tempo estimado para a aplicação deste projeto é de 3 (três) aulas, sendo estas de 50 (cinquenta) minutos cada. Na primeira semana de Abril do ano de 2013, nos dias de segunda-feira, quarta-feira, quinta-feira e sexta-feira, nas turmas do 9º Ano C e9º Ano D.

Recursos humanos e materiais necessários:

·         Humanos
Ø  Bolsistas do Pibid; (Aparecida e Jeniffer)
Ø  Professora; (Idelma)
Ø  Alunos; (25 alunos no 9º C e 22 alunos no 9º D)

Ø  Materiais
Ø  Quadro;
Ø  Giz;
Ø  Livro Didático;
Ø  Retroprojetor;
Ø  Imagens; (fotos)
Ø  Texto impresso (musica)

Fontes:

BOULO, Junior Alfredo. História – Sociedade e Cidadania. 9º ano. São Paulo: FTD, 2009, (coleção História – Sociedade & Cidadania).
Disponível no site: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/estado-novo/plano-cohen.php (acessado em 21/03/2013)
Disponível no site: http://www.historiabrasileira.com/era-vargas/estado-novo/ (acessado em 20/03/2013).
Disponível no site: http://www.historiabrasileira.com/brasil-republica/governo-provisori-de-getulio-vargas (acessado em 20/03/2013).
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e pratica de ensino de historia: Experiência, reflexões e aprendizados/ Selva Guimarães Fonseca. Campinas, SP: Papirus, 2003. – (coleção Magistério: Formação e trabalho pedagógico)


 ANEXO


                                         ATIVIDADES


Chico Buarque - Dr. Getúlio

Foi o chefe mais amado da nação
Desde o sucesso da revolução
Liderando os liberais
Foi o pai dos mais humildes brasileiros
Lutando contra grupos financeiros
E altos interesses internacionais
Deu início a um tempo de transformações
Guiado pelo anseio de justiça
E de liberdade social
E depois de compelido a se afastar
Voltou pelos braços do povo
Em campanha triunfal

Abram alas que Gegê vai passar
Olha a evolução da história
Abram alas pra Gegê desfilar
Na memória popular

Foi o chefe mais amado da nação
A nós ele entregoui seu coração
Que não largaremos mais
Não, pois nossos corações hão de ser nossos
A terra, o nosso sangue, os nossos poços
O petróleo é nosso, os nossos carnavais
Sim, puniu os traidores com o perdão
E encheu de brios todo o nosso povo
Povo que a ninguém será servil
E partindo nos deixou uma lição
A Pátria, afinal, ficar livre
Ou morrer pelo Brasil

Abram alas que Gegê vai passar
Olha a evolução da história
Abram alas pra Gegê desfilar
Na memória popular

Fonte: Musica; Dr. Getúlio escrita por Chico Buarque de Holanda no ano de 1983 e interpretada por Simone em 1985.






Colégio Estadual Dom Bosco
Nome:_____________________________________
Turma:__________    Data:___/____/____________


ANÁLISE DE MÚSICA

1 1)-  Com base nos textos trabalhados faça uma analise da musica “Dr. Getúlio”, em primeiro ponto o que ela aborda.
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
   2)-   Explique por que o autor faz esta exaltação de Getúlio Vargas? 
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
   3)-   Agora chegou sua vez, produza uma crítica ou uma defesa em forma de poema ou musica (paródia) ao Presidente Getúlio Vargas.

________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

PLANO DE AULA - HISTÓRIA DE GOIÁS 7º ANO

PLANO DE AULA - HISTÓRIA DE GOIÁS



Ana Paula Alves de Oliveira
Nayrhainne Souza Duarte


·         Eixo temático: A exploração do novo mundo.

·         Tema: A formação do território do que hoje é o Estado de Goiás, enfatizado na bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva e suas consequências.

Expectativas de Aprendizagem:

·         Compreender o contexto histórico do processo de formação do Estado em que vivemos.
·         Discutir a importância de se conhecer a nossa História Regional.
·         Refletir sobre as consequências e a importância da descoberta do ouro em Goiás e no Brasil.
·         Valorizar a memória Histórica da formação do nosso estado.
·         Compreender as dificuldades e desafios enfrentadas nas viagens dos bandeirantes.
·         Compreender a formação da identidade goiana;

Conteúdo:

·         Trabalhar o processo de colonização do interior do Brasil, a partir da descoberta do ouro. Tomando como base também, a formação do atual território goiano.
·         Focalizar nas expedições de colonização, principalmente as bandeiras, que a principio tinha interesses apenas na captura dos então escassos índios. E também nunca haviam se esquecido do motivo de ter saído de Portugal, a então descoberta do El-dorado.
·         Demonstrar através de imagens e explicação as dificuldades e perigos que os bandeirantes, jesuítas e outros, encontravam ao adentrarem ao sertão do Brasil.

Tempo: 1 aula

·         Apresentar o processo de descobrimento do ouro em Minas Gerais e em Mato Grosso, que por sua vez influenciou a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva, que utilizando de uma lógica como afirma Palacin, se há ouro nessas duas regiões provavelmente existe entre elas ouro também.
·         Demonstrar como a descoberta do ouro influenciou no povoamento do estado de Goiás. A partir da bandeira do Anhanguera, com idéias de fixa-se no então estado goiano

Tempo: 1 aula

Avaliação

·         A primeira avaliação consistia numa cola ou desenhos, dependendo se eles trouxessem as figuras. Essas figuras serão coladas dentro do mapa do estado de Goiás. Figuras que representassem o conteúdo trabalhado. Essa atividade tem como funçao

Conceitos

  • 1   Identidade;
  • 2  Memória;
  • 3  História regional;


Recursos/Materiais:

·         Imagens do Estado de Goiás;
·         Documentos escritos ( Hino dos Bandeirantes e Hino de Goiás de 1919);
·         Mapa;
·         Quadro;
·         Giz;
·         Projetor de imagem;
·         Computador ou notebook;

Recursos/Humanos:
·         Professor
·         Aluno


h                                                          

ATIVIDADE


COLÉGIO ESTADUAL DOM BOSCO
JUSSARA:_____ DE FEVEREIRO DE 2013
ALUNO: _______________________________________ 7º ANO ______
PREOFESSORAS: ANA PAULA E NAYRHAINNE

ATIVIDADE DE FIXAÇÃO DE CONTEÚDO

01-  A partir da letra do Hino do Estado de Goiás (1919) e o Hino dos Bandeirantes, responda as questões.

   a)   De que se trata o hino do estado de Goiás?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
b)  E  o hino dos bandeirantes?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c) Tente traçar uma similaridade entre as letras dos hinos.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________



   d) Quem foi Bartolomeu Bueno da Silva?
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Hino de Goiás (1919)Letra: Antônio Eusébio de Abreu
Música: Custódio Fernandes Góis

No coração do Brasil,
Domínio da primavera,
Se estende a terra goiana,
Que nos legou Anhanguera.

O bandeirante, atrevido,
Desbravador do sertão,
em cada pedra abalada,
Deixou da audácia um padrão.

Em cada pico azulado,
No dorso da serra erguido,
Recorda a lenda encantada
De algum tesouro escondido.

Outrora a terra, esquecida,
Mas sempre augusta no porte,
Viveu a lei do destino,
Vergada aos lances da sorte.

Depois, volvida, alentada
Do grato influxo estafante
Do vil metal reluzente,
Tornou-se Estado possante.

E hoje, estante, orgulhosa,
No labutar do progresso,
Riquezas , dons naturais
Ostenta em vasto recesso.

Este céu tão estrelado,
Este solo tão fecundo
Parecem provar destino
De ser o solar do mundo.

Este clima salutar,
Esta brisa embalsamada,
Noite e dia, são cantadas
Nos trinos das passaradas.

Seus lindos bosques nativos,
Orlando campos e montes,
Ao sol ocultando c'a sombra,
A clara tinta das fontes.

Buritizais alinhados,
Quais batalhões da natura,
Ali defendem co'os leques,
Da chã leveza e frescura.

De sul a norte, afinal,
Da natureza no arquivo,
A fauna, a flora se enlaçam
Em doce amplexo festivo.

Este solo que pisamos
Hoje, em fraternal abraço,
É berço da liberdade,
Da Pátria Amada um pedaço.

Outrora fora o retiro
Dos filhos do Mucunana;
Mas hoje a terra, exaltada,
É a nossa Pátria Goiana.

Goianos, nobres, altivos,
Da liberdade alentados,
Jamais consentem que os touros
Da Pátria sejam pisados.

Cantemos todos, unidos,
Da liberdade a vitória.
Mais um padrão ajuntemos
Aos faustos da nossa história.

Salve plêiade cintilante
De patriotas goianos
Que em sulcos e bênçãos pátrias
Conquistam louros, ufanos.

Desperta além, mocidade,
A voz do grande ideal
De fazer Goiás fulgir
No vasto Brasil Central.

Viva o Brasil respeitado,
Como Nação Soberana.
Viva o progresso encetado
Na bela terra goiana.
Disponível em: http://www.goias.go.gov.br/paginas/conheca-goias/simbolos/hino


Hino dos Bandeirantes

Autor: Guilherme de Almeida

Dos teus quatro séculos ante
A tua terra sem fronteiras,
O teu São Paulo das "bandeiras"!
Olha o passado à frente!
Galga a Serra do Mar! Além, lá no alto,
Bartira sonha sossegadamente
Na sua rede virgem do Planalto.
Espreita-a entre a folhagem de esmeralda;
Beija-lhe a Cruz de Estrelas da grinalda!
Agora, escuta! Aí vem, moendo o cascalho,
Botas-de-nove-léguas, João Ramalho.
Serra-acima, dos baixos da restinga,
Vem subindo a roupeta
De Nóbrega e de Anchieta.
Este é o Colégio. Adiante está o sertão.
Vai! Segue a entrada! Enfrenta!
Avança! Investe!
Em "bandeira" ou "monção",
Doma os índios bravios.
No leito da jazida
Acorda a pedraria adormecida;
Retorce os braços rijos
E tira o ouro dos seus esconderijos!
Lavra, planta, povoa.
Depois volta à garoa!
Na tardinha enfeitada de miçanga,
Ao Grito do Ipiranga!
Entreabre agora os véus!
Verás fluir por plainos, vales, montes,
Usinas, gares, silos, cais, arranha-céus!
Paulista, pára um só instante
Deixa atrás o presente:
Vem com Martim Afonso a São Vicente!
Contempla os Campos de Piratininga!
Norte - Sul - Este - Oeste,
Rompe a selva, abre minas, vara rios;
Bateia, escorre a ganga,
E adivinha através dessa cortina,
A sagrada Colina
Do cafezal, Senhor dos Horizontes,

Disponível em: http://www.saopaulo.sp.gov.br/conhecasp/historia_hino

RELATÓRIO DO MINICURSO - 7 º ANO

RELATÓRIO DO MINICURSO DE HISTÓRIA DO BRASIL - 7 º ANO


ANA PAULA DE OLIVEIRA
NAYRHAINNE SOUZA DURTE



De acordo com o cronograma de atividades elaborado pela professora coordenadora de área do (PIBID 2012/2013) Ordália Cristina. Planejou-se a elaboração de minicursos temáticos, para todas as duplas do PIBID. Os minicursos deveriam ser aplicados como atividades em horário normal de aula da disciplina de História, no horário vespertino do Colégio Estadual Dom Bosco – escola campo do PIBID de história. As duplas continuaram divididas da mesma forma, e a aplicação do minicurso seguiu a mesma divisão das turmas selecionadas para monitória, que vinha sendo realizada anteriormente. O tema do minicurso de cada dupla deveria seguir o Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás 2013, uma vez que o minicurso aconteceria no período regulamentar de atividade escolar de cada serie do ensino fundamental.
Foi na reunião mensal do dia 06 de Março de 2013, no prédio da UEG, que a professora coordenadora de área, Ordália e professora supervisora Idelma Ferreira, juntamente com todos os bolsistas de História decidiram e traçaram alguns aspectos necessários para a elaboração dos minicursos. Elaborar um projeto, que vise trabalhar com conceitos de história para as turmas, foi um aspecto importante decidido na reunião. Outro aspecto que é preponderante para o PIBID é a produção de material didático, para os professores, então essa preocupação deveria ser pensada na elaboração dos minicursos. Trabalhar com documentos referentes ao conteúdo, na realização das atividades também constitui um aspecto importante para aplicação do minicurso.
Determinado alguns aspectos importantes para elaboração dos minicursos, a professora Ordália apresentou a referência, visando ajudar as duplas na elaboração de cada minicurso. A principal referência utilizada para a elaboração dos minicursos foi,FONSECA, Selva Guimarães. Projetos de trabalho: teoria e prática. In: 2006, 109-116. Esse material ajudou-nos consideravelmente para conhecer os requisitos que um minicurso deve conter, sendo uma referência indispensável portanto para a construção do nosso minicurso.
Nós bolsistas, Ana Paula e Nayrhainne formamos uma das duplas selecionadas para a elaboração dos minicursos. Ficamos responsáveis pela monitória da turma do 7° ano B, do turno vespertino do Colégio Estadual Dom Bosco, onde também aplicaríamos nosso projeto de minicurso. De acordo com o Currículo Referência da Rede Estadual de Goiás, o eixo temático do nosso minicurso, foi: A construção da Idade Moderna e o processo de conquista e colonização européia do Novo Mundo. Onde definimos como tema para o minicurso: Mundus novus a visão do outro. Devido ao tempo reduzido, de no máximo três aulas com 50 minutos de duração, optamos por um recorte teórico que enfatizasse o “encontro” das duas culturas, europeia e indígena, ou como autor Francisco Iglésias prefere dizer o “[...] choque de duas culturas.” (IGLÉSIAS, Francisco. 1992, p.26).
Selecionamos aportes teóricos que nos possibilitou trabalhar com a proposta de conteúdo apresentada no projeto: A América Portuguesa, a chegada dos Portugueses em terras desconhecidas, hoje o Brasil, a descoberta de “Mundus novus”. Para isso utilizamos como principais referências teóricas, as cartas de Américo Vespúcio, Francisco Iglésias, Arno Wehling, Maria José Wehling, Lourenço Dantas Mota, entre outros. Buscamos, ao elaborar o minicurso proporcionar o ensino do conteúdo de forma “leve”, divertida e com a interação dos alunos. Lembrando as sábias palavras do professor Leandro Karnal “A primeira lição da experiência em sala de aula é que as formulas só servem quando são idealizadas numa aula estática”. (KARNAL,2005, p. 11) não possuímos receitas prontas para realizar uma boa aula, sendo assim a experiência das monitórias e o conhecimento da turma, na qual aplicaríamos o minicurso foi preponderante para a escolha da metodologia a ser empregada.
Dentro do conteúdo selecionado buscamos trabalhar com os conceitos de alteridade, eurocentrismo, memória e aculturação. Conceitos esses que nos ajudariam a desenvolver uma discussão voltada para a importância de respeitar a cultura do “outro”, uma vez que vivemos numa sociedade e num país multicultural. Cumprindo assim com algumas das expectativas de aprendizagem contidas no Currículo Referência, como: Desenvolver atitudes contrárias ao racismo, ao preconceito e qualquer forma de discriminação; Entender o processo de ocupação do território colonial; Identificar elementos da cultura brasileira atual relacionando-os ao processo histórico de formação da nossa sociedade, e principalmente desenvolver um olhar crítico nos alunos, que os ajude a se situarem na sociedade atual.
Com base em todas as informações contidas acima e no projeto elaborado, nosso minicurso de história do Brasil foi aplicado nos dias 24 e 25 de Abril de 2013. Sendo o 1° momento aplicado no dia 24 no 5° horário e o 2° e 3° momentos no dia 25, 5° e 6° horário. No 1° momento ou aula, a metodologia escolhida para o levantamento de conhecimento prévio dos alunos foi uma dinâmica, com o intuito de promover a interação dos alunos de maneira divertida. Selecionamos imagens e frases que se relacionavam ao período de encontro entre as duas culturas, que foram colocados dentro de bexigas de ar. A dinâmica funcionou como uma batata-quente, com a turma em circulo, a bexiga passava de mão em mão e quando a música parasse o aluno que estivesse segurando a bexiga, deveria estoura-la e dizer o que sabia sobre a imagem ou frase. Esse exercício proporcionou, por um lado a oportunidade dos alunos demonstrarem seu conhecimento sobre o assunto, e por outro nos disponibilizou a oportunidade de diagnosticar qual era conhecimento da turma, e em que pontos deveríamos enfatizar mais.
As imagens foram “coladas” no quadro, e escreveu-se o que os alunos atribuíram sobre elas respectivamente. Posterior esse levantamento, identificamos o que era mais necessário esclarecer e realizou-se uma aula expositiva dialogada sempre sendo analisando as imagens. Pautadas em Iglésias buscamos criticar a ideia do “descobrimento” do Brasil. pois o autor diz que somente território desabitados são descobertos.Com a frase 22 de Abril de 1500 colocada na bexiga, buscamos mostrar um olhar critico para os alunos sobre a data do chamado “descobrimento” do Brasil. Algumas perguntas foram pertinentes e importantes para a problematização do nosso projeto. O que significa descobrir? O território “descoberto” já se chamava Brasil? E principalmente repensar criticamente na velha pergunta, quem foi Pedro Álvares Cabral? Os índios realmente são povos primitivos?
Todas essas indagações e várias outras, foram importantes para problematizar a ideia estática e mecânica de estudar o período colonial Brasileiro. Claro que adaptamos esses questionamentos de forma didática, uma vez que aplicamos o minicurso para alunos de 7° ano. A principal intenção era mostrar aos alunos que o estudo de história e principalmente a chegada dos europeus no território que hoje é o Brasil não deve ser concebido para decorar datas e nomes importantes. Compreender como se deu o processo histórico deste período é bem mais interessante e consiste no nosso objetivo principal.
No segundo momento, realizado no dia 25 de Abril, trabalhou-se com analise da música do Legião Urbana, denominada índios. A intenção era proporcionar uma discussão contextualizada do período histórico estudado. Reforçar a concepção de alteridade e respeito da cultura indígena, que infelizmente ainda sofre bastante preconceito pela maioria da sociedade. Uma sociedade capitalista, neoliberal que estimula cada vez mais a concorrência e o individualismo, criando assim um cenário propício para ampliar o preconceito multicultural.
O último momento foi destinado ao fechamento do conteúdo, as considerações finais, de ambas as partes e a aplicação das atividades avaliativas, que diagnosticaram a apreensão do conteúdo ensinado. Apesar da problemática do tempo reduzido a apenas três aulas para a aplicação do minicurso, acredita-se que o principal objetivo foi realizado com sucesso. Verificou-se a interação dos alunos na aula, e a compreensão do conteúdo pela maioria. Buscou-se ao final do minicurso apresentar o ensino de história como um processo contínuo, que deve ser analisado, nunca julgado. Assim a gama de fatores que constituem a chegada dos europeus em território “brasileiro” é de relevante importância para a formação da sociedade brasileira em que vivemos, e seu conhecimento é muito importante para a formação de uma sociedade mais crítica, justa e igualitária.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KARNAL, Leandro.
FONSECA, Selva Guimarães. Projetos de trabalho: teoria e prática. In: 2003, 109-116.
GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de. Linguagem, Cultura e Alteridade: Imagens do outro.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/n107/n107a02.pdf. Acesso dia
PRIORE, Mary Lucy Murray Del. Retrato da América quando jovem: Imagens e representações sobre o Novo Continente entre os séculos XVI e XVIII. Estudos históricos, Rio de Janeiro, vol.5, n.9, 1992, p.3-13.
VESPÚCIO, Américo. Novo Mundo: as cartas que batizaram a América. Ed. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2003
IGLÉSIAS, Francisco. O encontro de duas culturas. Estudos avançados. 1992.
WEHLING, Arno; WEHLING, Maria.
 MOTA, Lourenço Dantas (org). Um banquete no trópico.