RELATO DE EXPERIÊNCIA
PROJETO CINEMA E HISTÓRIA - FILME AMISTAD
Aparecida Maria ferreira Cândido
Raí Martins Costa
No
segundo semestre desse ano de 2013, nós alunos bolsistas do PIBID (Programa
Institucional de Bolsa de Iniciação á Docência), do subprojetode História da Universidade
Estadual de Goiás, Unidade de Jussara, aplicamos oficinas na escola campo, da
mesma cidade onde se faz presente a unidade, ocorrendo no colégio Dom Bosco,
que abriu as portas para nos receber, e ao mesmo tempo passamos a ter uma
parceria de ensino e aprendizagem com a escola. Todos os nossos estudos partem
de um pressuposto que é compreender a teoria e aplicá-la na pratica utilizando
mecanismos como a didática da própria história, onde proporciona uma melhor
formação enquanto futuros professores da área, e nos orienta a como se portar
em uma sala de aula, principalmente no próprio ensinar o conteúdo, de forma que
faça o aluno pensar criticamente, que questione, indague eparticipe da sua
formação e do processo de ensino dentro da sala de aula, possibilitando uma
relação construtiva de ambas as partes.
O
“Projeto Cinema e História”foi realizados por todos os bolsistas, mas o grupo
no geral foi dividido, para trabalhar com cada turma, sendo estas do 7º ao 9º
ano e ficou estabelecido que eu, Raí,fosse ficar com a Aparecida para fazer o
planejamento e aplicar a oficina no 7º ano. A temática partiu do trafico
negreiro no período da colonização, onde ficou estabelecido um filme, o
“AMISTAD”(sendo um nome de um navio negreiro) que trabalha com essa temática,
com imagens bem chocantes. Trouxemos para a realidade da colonização que se
teve no Brasil,analisando o filme, “assim como ocorre com os textos históricos,
para compreender um filme é preciso sempre estar atento ao que ocorria no
momento em que foi produzido (CATELLI JUNIOR, 2009, p. 61)”, portanto temos
aspectos que devemos analisar ao ver um filme, pois o filme “Amistad”, na íntegra,
trata do trafico de negros, onde se relacionou questões jurídicas, de comércio,
de relações com outros territórios vizinhos,no qual, para uns os negros eram
escravos e para outros, não existia escravidão.Mas devemos estar atento, pois
“os documentários, assim como os filmes de ficção, estão sujeitos às mais
variadas manipulações” (CATELLI JUNIOR, 2009, p.60).
Tivemos
o contato com o filme para depois, fazermos o planejamento. Fizemos pesquisas
onde nos possibilitou a melhor forma de se pensar a proposta para levar aos
alunos, sendo eles da turma de sétimo ano. O plano ficou dividido em momentos: primeiro
momento a exibição do filme, segundo foi à contextualização junto com a localização
com o mapa da rota do tráfico, terceiro uma atividade que se referiatanto ao
filme quanto o diálogo que iríamos levantar, quarto momento referia-se à análise
de um pequeno texto.
A
oficina ocorreu no dia 21 e 22 de agosto, no período vespertino, tendo o inicio
as 13 h e o termino às 18h15min.Iniciamos a oficina nos apresentando e
explicando rapidamente o que era o filme e pedindo para prestar bastante atenção
em algumas cenas, pois era uma oficina de história. O primeiro momento tudo
ocorreu bem, estavam todos prestando atenção e havia também a participação de
professores de outras disciplinas, devido estarmos ocupando as suas aulas, ou
seja, neste dia os professores de outras disciplinas disponibilizaram o horário
para que pudéssemos realizar este trabalho. Constantementeeles iam a sala para
saber se estava tudo bem e se precisávamos de ajuda, sendo essa parceria
positivano desenvolvimento de nossa atividade.
Após
o termino do filme voltamos a sala, pois estávamos na biblioteca, com isso
começamos a contextualizar e dialogar com os alunos a respeito do filme,
priorizando a questão do trafico negreiro. Nesse momento, teve uma boa
participação dos alunos, apesar de estarem um pouco envergonhados. Devagar
começaram a levantar seus entendimentos do filme, ocorrendo um diálogo. Depois
de analisar com os alunos e trazer bem a fundo a questão do tráfico negreiroe
da própria escravidão, aplicamos uma atividade sobre o filme e depois
trabalhamos um texto intitulado: “Trafico negreiro”. Foi ai que sentimos um
pouco de dificuldade, pois os alunos começaram a conversar muito e estávamos
chamando a atenção a todo o instante. Fizemos a leitura coletiva, onde os
próprios alunos leram e a cada ponto explicávamos. Ao termino, teve uma
atividade referente ao texto, eles fizeram e após concluírem era para cada um
deles socializarem o que haviam feito. Eles começaram atéa falarbem sobre suas
respostas, mas depois passaram a conversar muito e tivemos que chamar a coordenadora
que conversou com eles acalmando-os. Após isso ocorreu tudo normal, todos leram
e ouviram também os dos colegas.
No
dia 22 de agosto retornamos ao Colégio Dom Bosco para realizar o Projeto de
Cinema Historia com os alunos do 9º ano, pois não foi possível realizar num dia
somente. Desta forma auxiliamos nossos colegas que estavam responsáveis pela
sala, sendo que a metodologia de trabalho foi à mesma aplicada nas outras
turmas do dia anterior.
Contudo
foi uma boa experiência, conseguimos aprender um pouco mais e ter esse contato
com o ambiente escolar e com a própria sala de aulapercebendo a dura realidade
que um profissional da educação encontra, desde o planejamento da aula até a
aplicação e as diversas outras coisas que acontecem no seu meio.
Referências bibliográficas:
CATELLI JUNIOR, Roberto. Temas e linguagens da história: ferramentas para sala de aula no ensino
médio – São Paulo:Scipione, 2009. (Coleção Pensamento e ação na sala de
aula). Cinema e história na sala de aula
p.52 -71.
MELO, Vânia Lúcia Lima Vieira de. Tráfico negreiro. Disponível no site: HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/
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