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ENSINO E PESQUISA: O PRINCIPIO FORMATIVO DA PESQUISA NA FORMAÇÃO DOCENTE EM HISTÓRIA

Abordagens da história da África no currículo referência da rede estadual de educação de Goiás

MAMA ÁFRICA: reconhecimento e valorização da influência africana na cultura brasileira

PROJETO INTERDISCIPLINAR MAMA ÁFRICA

https://drive.google.com/file/d/0B3X712exWGleUHJHc09STFNySU0/view?usp=sharing

Ditadura Militar

sábado, 23 de novembro de 2013

RELATÓRIO DO MINICURSO - 7 º ANO

RELATÓRIO DO MINICURSO DE HISTÓRIA DO BRASIL - 7 º ANO


ANA PAULA DE OLIVEIRA
NAYRHAINNE SOUZA DURTE



De acordo com o cronograma de atividades elaborado pela professora coordenadora de área do (PIBID 2012/2013) Ordália Cristina. Planejou-se a elaboração de minicursos temáticos, para todas as duplas do PIBID. Os minicursos deveriam ser aplicados como atividades em horário normal de aula da disciplina de História, no horário vespertino do Colégio Estadual Dom Bosco – escola campo do PIBID de história. As duplas continuaram divididas da mesma forma, e a aplicação do minicurso seguiu a mesma divisão das turmas selecionadas para monitória, que vinha sendo realizada anteriormente. O tema do minicurso de cada dupla deveria seguir o Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás 2013, uma vez que o minicurso aconteceria no período regulamentar de atividade escolar de cada serie do ensino fundamental.
Foi na reunião mensal do dia 06 de Março de 2013, no prédio da UEG, que a professora coordenadora de área, Ordália e professora supervisora Idelma Ferreira, juntamente com todos os bolsistas de História decidiram e traçaram alguns aspectos necessários para a elaboração dos minicursos. Elaborar um projeto, que vise trabalhar com conceitos de história para as turmas, foi um aspecto importante decidido na reunião. Outro aspecto que é preponderante para o PIBID é a produção de material didático, para os professores, então essa preocupação deveria ser pensada na elaboração dos minicursos. Trabalhar com documentos referentes ao conteúdo, na realização das atividades também constitui um aspecto importante para aplicação do minicurso.
Determinado alguns aspectos importantes para elaboração dos minicursos, a professora Ordália apresentou a referência, visando ajudar as duplas na elaboração de cada minicurso. A principal referência utilizada para a elaboração dos minicursos foi,FONSECA, Selva Guimarães. Projetos de trabalho: teoria e prática. In: 2006, 109-116. Esse material ajudou-nos consideravelmente para conhecer os requisitos que um minicurso deve conter, sendo uma referência indispensável portanto para a construção do nosso minicurso.
Nós bolsistas, Ana Paula e Nayrhainne formamos uma das duplas selecionadas para a elaboração dos minicursos. Ficamos responsáveis pela monitória da turma do 7° ano B, do turno vespertino do Colégio Estadual Dom Bosco, onde também aplicaríamos nosso projeto de minicurso. De acordo com o Currículo Referência da Rede Estadual de Goiás, o eixo temático do nosso minicurso, foi: A construção da Idade Moderna e o processo de conquista e colonização européia do Novo Mundo. Onde definimos como tema para o minicurso: Mundus novus a visão do outro. Devido ao tempo reduzido, de no máximo três aulas com 50 minutos de duração, optamos por um recorte teórico que enfatizasse o “encontro” das duas culturas, europeia e indígena, ou como autor Francisco Iglésias prefere dizer o “[...] choque de duas culturas.” (IGLÉSIAS, Francisco. 1992, p.26).
Selecionamos aportes teóricos que nos possibilitou trabalhar com a proposta de conteúdo apresentada no projeto: A América Portuguesa, a chegada dos Portugueses em terras desconhecidas, hoje o Brasil, a descoberta de “Mundus novus”. Para isso utilizamos como principais referências teóricas, as cartas de Américo Vespúcio, Francisco Iglésias, Arno Wehling, Maria José Wehling, Lourenço Dantas Mota, entre outros. Buscamos, ao elaborar o minicurso proporcionar o ensino do conteúdo de forma “leve”, divertida e com a interação dos alunos. Lembrando as sábias palavras do professor Leandro Karnal “A primeira lição da experiência em sala de aula é que as formulas só servem quando são idealizadas numa aula estática”. (KARNAL,2005, p. 11) não possuímos receitas prontas para realizar uma boa aula, sendo assim a experiência das monitórias e o conhecimento da turma, na qual aplicaríamos o minicurso foi preponderante para a escolha da metodologia a ser empregada.
Dentro do conteúdo selecionado buscamos trabalhar com os conceitos de alteridade, eurocentrismo, memória e aculturação. Conceitos esses que nos ajudariam a desenvolver uma discussão voltada para a importância de respeitar a cultura do “outro”, uma vez que vivemos numa sociedade e num país multicultural. Cumprindo assim com algumas das expectativas de aprendizagem contidas no Currículo Referência, como: Desenvolver atitudes contrárias ao racismo, ao preconceito e qualquer forma de discriminação; Entender o processo de ocupação do território colonial; Identificar elementos da cultura brasileira atual relacionando-os ao processo histórico de formação da nossa sociedade, e principalmente desenvolver um olhar crítico nos alunos, que os ajude a se situarem na sociedade atual.
Com base em todas as informações contidas acima e no projeto elaborado, nosso minicurso de história do Brasil foi aplicado nos dias 24 e 25 de Abril de 2013. Sendo o 1° momento aplicado no dia 24 no 5° horário e o 2° e 3° momentos no dia 25, 5° e 6° horário. No 1° momento ou aula, a metodologia escolhida para o levantamento de conhecimento prévio dos alunos foi uma dinâmica, com o intuito de promover a interação dos alunos de maneira divertida. Selecionamos imagens e frases que se relacionavam ao período de encontro entre as duas culturas, que foram colocados dentro de bexigas de ar. A dinâmica funcionou como uma batata-quente, com a turma em circulo, a bexiga passava de mão em mão e quando a música parasse o aluno que estivesse segurando a bexiga, deveria estoura-la e dizer o que sabia sobre a imagem ou frase. Esse exercício proporcionou, por um lado a oportunidade dos alunos demonstrarem seu conhecimento sobre o assunto, e por outro nos disponibilizou a oportunidade de diagnosticar qual era conhecimento da turma, e em que pontos deveríamos enfatizar mais.
As imagens foram “coladas” no quadro, e escreveu-se o que os alunos atribuíram sobre elas respectivamente. Posterior esse levantamento, identificamos o que era mais necessário esclarecer e realizou-se uma aula expositiva dialogada sempre sendo analisando as imagens. Pautadas em Iglésias buscamos criticar a ideia do “descobrimento” do Brasil. pois o autor diz que somente território desabitados são descobertos.Com a frase 22 de Abril de 1500 colocada na bexiga, buscamos mostrar um olhar critico para os alunos sobre a data do chamado “descobrimento” do Brasil. Algumas perguntas foram pertinentes e importantes para a problematização do nosso projeto. O que significa descobrir? O território “descoberto” já se chamava Brasil? E principalmente repensar criticamente na velha pergunta, quem foi Pedro Álvares Cabral? Os índios realmente são povos primitivos?
Todas essas indagações e várias outras, foram importantes para problematizar a ideia estática e mecânica de estudar o período colonial Brasileiro. Claro que adaptamos esses questionamentos de forma didática, uma vez que aplicamos o minicurso para alunos de 7° ano. A principal intenção era mostrar aos alunos que o estudo de história e principalmente a chegada dos europeus no território que hoje é o Brasil não deve ser concebido para decorar datas e nomes importantes. Compreender como se deu o processo histórico deste período é bem mais interessante e consiste no nosso objetivo principal.
No segundo momento, realizado no dia 25 de Abril, trabalhou-se com analise da música do Legião Urbana, denominada índios. A intenção era proporcionar uma discussão contextualizada do período histórico estudado. Reforçar a concepção de alteridade e respeito da cultura indígena, que infelizmente ainda sofre bastante preconceito pela maioria da sociedade. Uma sociedade capitalista, neoliberal que estimula cada vez mais a concorrência e o individualismo, criando assim um cenário propício para ampliar o preconceito multicultural.
O último momento foi destinado ao fechamento do conteúdo, as considerações finais, de ambas as partes e a aplicação das atividades avaliativas, que diagnosticaram a apreensão do conteúdo ensinado. Apesar da problemática do tempo reduzido a apenas três aulas para a aplicação do minicurso, acredita-se que o principal objetivo foi realizado com sucesso. Verificou-se a interação dos alunos na aula, e a compreensão do conteúdo pela maioria. Buscou-se ao final do minicurso apresentar o ensino de história como um processo contínuo, que deve ser analisado, nunca julgado. Assim a gama de fatores que constituem a chegada dos europeus em território “brasileiro” é de relevante importância para a formação da sociedade brasileira em que vivemos, e seu conhecimento é muito importante para a formação de uma sociedade mais crítica, justa e igualitária.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

KARNAL, Leandro.
FONSECA, Selva Guimarães. Projetos de trabalho: teoria e prática. In: 2003, 109-116.
GUSMÃO, Neusa Maria Mendes de. Linguagem, Cultura e Alteridade: Imagens do outro.Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/cp/n107/n107a02.pdf. Acesso dia
PRIORE, Mary Lucy Murray Del. Retrato da América quando jovem: Imagens e representações sobre o Novo Continente entre os séculos XVI e XVIII. Estudos históricos, Rio de Janeiro, vol.5, n.9, 1992, p.3-13.
VESPÚCIO, Américo. Novo Mundo: as cartas que batizaram a América. Ed. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2003
IGLÉSIAS, Francisco. O encontro de duas culturas. Estudos avançados. 1992.
WEHLING, Arno; WEHLING, Maria.
 MOTA, Lourenço Dantas (org). Um banquete no trópico.




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